terça-feira, 1 de setembro de 2009


TEXTO VIII (Sugerido pela professora Luscimar Rosa)

“O consumo excessivo de álcool está associado a uma variedade de outros problemas sociais, incluindo dificuldades de relacionamentos pessoais, fracasso escolar e vários tipos de violência, como homicídios, agressões, roubos, suicídios e assédio doméstico. A metade das pessoas condenadas por estupro ou assédio sexual estava bebendo antes de cometer seus crimes. A bebida também aumenta as chances de alguém ser vítima de crimes. Aproximadamente metade de todas as vítimas de agressões sexuais relata estar bebendo no momento da agressão.
O álcool contribui para a violência, não apenas por relaxar os limites devido à desibinição comportamental, mas também aumentando a sensibilidade da pessoa à dor e à frustração. Sob influência do álcool, as pessoas ficam mais sensíveis a choques elétricos e reagem de forma mais agressiva à frustração do que quando estão sóbrias. Além disso, estudos com imagens cerebrais mostram que o uso exagerado e repetido de álcool, estimulantes e outras drogas perturba a atividade dos lobos frontais, o que prejudica a tomada de decisões e o planejamento e diminui o limite do indivíduo para a violência.”

TEXTO VII ( Sugerido pela professora Luscimar Rosa)


“As dificuldades cognitivas causadas pelo álcool são especialmente destrutivas durante a adolescência, talvez porque mesmo doses pequenas podem prejudicar o julgamento dos adolescentes, que já estão distraídos pelos desafios psicológicos, fisiológicos e sociais da puberdade. Por exemplo, estudantes do Ensino Médio e estudantes universitários que usam álcool, comparados com estudantes que não bebem, tendem a ter mais parceiros sexuais e têm menos probabilidade de usar preservativos. Uma recente pesquisa com 50 mil estudantes norte-americanos do Ensino Médio comparou adolescentes que haviam bebido álcool seis ou mais vezes nos últimos 30 dias com seus colegas que nunca ou raramente bebiam álcool. Aqueles que bebiam com mais freqüência estiveram ausentes da escola quase quatro vezes mais do que os outros, apresentaram probabilidade quatro vezes maior de estarem em um carro cujo motorista estivesse bêbado, quase três vezes mais probabilidade de participarem de comportamentos anti-sociais, como roubos ou vandalismo, e mais de duas vezes mais probabilidade de serem sexualmente ativos.”


TEXTO VI (o comentário é obrigatório para este texto)

Droga legal e socialmente aceita. O álcool é considerado particularmente perigoso para o adolescente por motivos diversos. Em primeiro lugar, pelo fácil acesso: a lei 9.294/96 proíbe a venda de bebidas alcóolicas para menos de 18 anos, mas essa é uma daquelas leis que "não pegam", por incapacidade de fiscalização das autoridades.Em segundo lugar, a bebida é tida como um elemento de socialização, de auto-afirmação e de inclusão no mundo adulto. Além do estímulo da propaganda e dos amigos, muitas vezes o contato com o álcool é propiciado pelos próprios familiares do adolescente. Os pais não têm em relação ao etanol, por exemplo, o cuidado que costumam ter com a maconha.Uma pesquisa realizada pela Universidade Duke (EUA), em 2000, demonstrou que o uso freqüente do álcool na adolescência produz danos ao cérebro, afetando a memória e prejudicando a aprendizagem, além de favorecer o desenvolvimento de problemas familiares, com violência inclusive, e de uma vida sexual promíscua - o que se tornou um comportamento de alto risco na era da aids.Construção da identidadeO problema é que a adolescência, como lembram os psicólogos, é a fase de construção da identidade. Portanto, é particularmente ruim que nessa idade o indivíduo se habitue a experimentar situações específicas sobre o efeito do álcool: festas, praias, namoros, relações sexuais ou afetivas.Assim, criam-se associações entre o uso de bebidas e as sensações de prazer, de modo que o consumo alcoólico vai se tornando freqüente, o que abre caminho à dependência, que pode ser tanto física quanto psicológica.Segundo os especialistas, a dependência decorre, entre vários fatores, de o álcool ser uma droga que proporciona simultaneamente reforços positivos (desperta sensações de prazer) e negativos (alivia sensações de desprazer). É comum, por exemplo, os dependentes combaterem os efeitos desagradáveis da ressaca começando a beber novamente.


TEXTO V

Foi identificado, também, aumento do hábito de beber entre as mulheres. A maioria delas desconhece que o organismo feminino apresenta metade da tolerância masculina ao álcool. Como conseqüência, embriagam-se mais rapidamente e o álcool demora mais tempo para ser metabolizado pelo organismo. "O organismo feminino possui menor quantidade de enzimas que atuam no metabolismo do álcool", lembra Martins.

Síndrome alcoólica fetal (SAF) é o termo utilizado para descrever os efeitos comumente observados nos filhos de mães alcoólatras: tamanho pequeno, face anormal, outras anormalidades físicas e retardo mental. Ocorrência: 1 a 2 casos por mil nascidos vivos.

TEXTO IV
Aos 12 anos de idade, quase 13% dos estudantes brasileiros já usaram algum tipo de droga ilícita pelo menos uma vez, e 7% experimentaram cigarros. Mas a droga que ainda faz mais sucesso entre os jovens brasileiros continua a ser o álcool. O quinto levantamento nacional sobre consumo de drogas entre estudantes, preparado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), mostrou que, dos 48.155 jovens que participaram da pesquisa, 41% já tinham usado bebidas alcoólicas entre os 10 e os 12 anos. Aos 18 anos, 81% deles já haviam bebido.
O álcool também é a droga de uso mais freqüente entre os jovens e foi considerado pelos pesquisadores um "grande problema de saúde pública". Entre os entrevistados, 11,7% afirmaram que faziam uso freqüente de bebidas alcoólicas - no mínimo seis vezes por mês - e 6,7%, uso pesado (pelo menos 20 dias por mês).

(Agência Estado-01/06/2005)

TEXTO III

Não importa a classe ou o sexo. A droga vem se aproximando mesmo da infância. Num passado recente, o jovem debutava no mundo das drogas aos 14 anos; hoje, aos 11 anos. Isso não significa que todos esses jovens evoluam para a dependência, assim como nem todo adolescente que usa drogas está envolvido com o tráfico. “Os mais vulneráveis são aqueles oriundos de famílias cujos limites não são claros”, analisa o psiquiatra carioca Luiz Alberto Pinheiro de Freitas. A ausência do “não” na vida desses jovens cria uma espécie de ideal maníaco pela felicidade eterna e ininterrupta.
A Unesco confirma esse diagnóstico: 63% dos alunos ouvidos responderam que usam drogas para anestesiar as dificuldades.
Segundo a pesquisa da Unesco, o consumo de drogas entre as meninas é 30% inferior ao dos meninos estudantes.
Além de problemas familiares, o modismo e a necessidade de auto-afirmação são apontados pelos jovens como motivações importantes para iniciarem-se nas drogas. (Isto é, 25/06/03)
Texto II


A influência da família é fator determinante, como explica o psicólogo Gilberto Ferreira, mestre pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e o doutor pela Universidade de São Paulo (USP). “A criança começa a observar o comportamento dos pais desde muito cedo, e com isso percebe que situações de alegria e prazer estão relacionadas ao consumo de álcool. No decorrer de sua vida, repetirá esse comportamento, relacionando-o sempre às situações de descontração, desafio e coragem, nunca a um vício.” Além dessa influência, outros fatores podem levar ao consumo abusivo do álcool, como nos revela a psicóloga Sonia Regina Solano Paes Breda, do Centro Terapêutico Viva, um centro de recuperação de dependentes químicos. “Curiosidade latente, aceitação em um grupo de amigos, diversão, liberdade, desafio e autonomia dos pais são fatores determinantes. Logo esse hábito de beber para se alegrar e descontrair acaba virando o motivo maior de sua felicidade e até se tornando um refúgio para seus problemas.”

LEIA OS SEGUINTES TEXTOS SOBRE O USO DO ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA E EM SEGUIDA ESCOLHA PELO MENOS TRÊS TEXTOS PARA MANIFESTAR A SUA OPINIÃO.


TEXTO I

O adolescente encontra todas as portas abertas para o álcool. Quase nenhum bar restringe a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos, como determinam o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Código Penal.
Segundo o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, presidente da Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas), quanto mais cedo for o contato da criança com o álcool, mais rapidamente ela tende a se tornar um dependente. Enquanto o adulto demora em média cinco anos para se viciar, a criança ou o adolescente só precisa de dois, diz Laranjeira.
(Folha de São Paulo, 07/09/2003)